Objetivos da gestão de complexidade [da esq. para a dta.:]
Análise da complexidade
Objetivos: Redução, Controlo, Prevenção
Medidas:
Reduzir a complexidade inerente aos workflows
Controlar de forma eficiente a complexidade necessária e inerente aos workflows
Prevenir novo crescendo de complexidade nos workflows
Momento de aplicação:
Hoje
Amanhã
No futuro
Ganhar controlo sobre os custos da complexidade
Quanto mais extensos forem os workflows de um sistema complexo, maior será o esforço envolvido no processo e, portanto, os custos. Este é um resultado adicional, que deriva de eventos imprevistos ou projetos não planeados. Um cálculo antecipado inclui despesas adicionais maiores.
Existem três tipos de custos derivados da complexidade
- Diretos: a produção fica mais cara do que o esperado, p.ex.
- Indiretos: a expansão não planeada, mas necessária, de uma gama existente para satisfazer os desejos dos clientes.
- Proporcional ao produto: desenvolvimentos necessários de novas ofertas a fim de permanecer competitivo, p. ex.
Tanto fatores internos como fatores externos são responsáveis por gerar custos de complexidade. Os potenciais fatores internos incluem um grande número de novos empregados ou desenvolvimento de produtos necessários. Já os fatores externos incluem, por exemplo, a expansão para outros mercados ou mudanças no comportamento dos consumidores dos clientes, aos quais a empresa tem de se ajustar.
Ao gerir a complexidade, a equipa responsável tenta compensar os custos acumulados e incluí-los em cálculos futuros. Ao mesmo tempo, a equipa desenvolve medidas para reduzir tanto quanto possível o esforço adicional e otimizar a eficiência dos workflows, sem cair numa armadilha de complexidade no processo.
A armadilha da complexidade
No momento em que os gestores percebem que os fluxos de trabalho se tornaram demasiado complexos, tendem a adotar uma abordagem drástica: reduzem processos através de cortes nas tarefas e nos orçamentos dos projetos, ou tentam localizar problemas em pontos individuais. Em vez de gerirem a complexidade, tentam transferir os seus fluxos de trabalho complexos para sistemas mais simples. No entanto, tais medidas só têm efeito em departamentos individuais, não nas empresas como um todo.
Estas soluções parciais podem ter consequências adicionais e tornar os custos de complexidade, a longo prazo, ainda mais elevados. Apenas uma estratégia holística e medidas abrangentes em toda a empresa melhoram os fluxos de trabalho e controlam de forma sustentável a complexidade necessária.
Exemplos de medidas a adotar na gestão da complexidade
- Criar processos transparentes;
- Partilhar a responsabilidade;
- Envolver as equipas em novos fluxos de trabalho ainda na sua fase inicial;
- Estabelecer ferramentas atuais de IT e novos modelos de processos;
- Melhorar a eficácia da produção;
- Reduzir e simplificar a diversidade de produtos;
- Acelerar a logística;
- Evitar longos períodos de armazenamento;
- Foco no serviço, ao invés de tentar cobrir todas as áreas.
Mais coragem para a complexidade
O tema da complexidade não deve ter apenas uma conotação negativa. Pode até ser uma boa estratégia para as empresas escolherem conscientemente modelos de negócio complexos.
Por exemplo, algumas empresas protegem a cadeia de produção contra atrasos: se um parceiro cancela uma entrega, outro preenche a lacuna. É por isso que, para certas componentes, o setor automóvel depende sempre de vários fornecedores, por exemplo.
Modelos de produção complexos também protegem as inovações técnicas contra a pirataria. Já as pequenas componentes, em particular, são frequentemente alvo de contrafação: ninguém falsifica um carro, mas muitas vezes podem encontrar-se peças suplentes falsificadas. Uma equipa de quatro dos Institutos Frauenhofer desenvolveu um corante fluorescente para ser aplicado nestes casos, que só é visível num determinado comprimento de onda de luz. Quando é aplicado a produtos, protege-os contra falsificações. Muitas empresas estão a dar a si próprias uma vantagem competitiva a longo prazo com processos de fabrico elaborados como este.
O tratamento de big data é outro exemplo de um sistema complexo. Atualmente, cada empresa recolhe dados digitais, mas o seu processamento não pode ser simplificado. Mais dados significa mais informação ― sobre clientes, concorrência, o mercado, e mais workflows dentro de uma empresa. Se a sua empresa conseguir fazer uso desse conhecimento, também estará à frente da concorrência. As ferramentas certas ajudam-no a gerir big data sem que sejam criadas barreiras de IT.
São necessários sistemas de IT inteligentes e automatizados para obter essa informação a partir dos dados. É o que faz, em parte, a Inteligência Artificial (IA): trazer ordem aos dados digitais e tornar possível filtrar o conhecimento. É útil em pesquisas, acelera os processos administrativos internos e simplifica a colaboração e a comunicação dentro das organizações.
Simplificar a complexidade: equipas ágeis e gestão transparente
A agilidade é outra conceção que, contribuindo para uma solução de gestão contemporânea, pretende lidar com sistemas complexos. A estratégia teve origem no setor da IT, com especialistas na gestão da complexidade a adaptarem-na a outros ramos profissionais. Muitas empresas já depositam a sua confiança na incorporação da flexibilidade diária: utilizam métodos ágeis, tais como o scrum ou o kanban, que significam mais responsabilidade pelo trabalho individual em equipas mais pequenas, que se gerem a si próprias e podem trabalhar em conjunto independentemente do tempo e do lugar, graças a novas plataformas de colaboração.
Estas novas estratégias, permitidas também pela assistência técnica hoje disponível, alteraram a gestão das equipas nas empresas, com transparência e cooperação a substituírem, cada vez mais, as cadeia rígida de comando. Dinamismo em vez de engarrafamento. Alternância de papéis em vez de processos fixos. Menos regras, mais liberdade. E, em última análise, tudo isto significa fluxos de trabalho simplificados e dados geríveis de forma muito mais simples.