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Os maiores equívocos no outsourcing de IT

Descubra como as PME podem beneficiar de externalizar as suas tarefas de IT de forma rentável e flexível.

05.07.2022
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Conteúdos
Os resultados de um estudo recente sobre a Transformação Digital nas PME, realizado pela Keypoint Intelligence para a Konica Minolta, sugere que estas evitam a externalização de serviços de IT sobretudo devido a uma perceção sobre este tipo de serviços: serem caros*. Uma informação surpreendente, tendo em conta que as empresas optam por externalizar muitas outras funções ou tarefas (como a contabilidade, por exemplo), precisamente por essa ser uma abordagem rentável.

As PME (que representam 99,9 por cento da população empresarial de Portugal) operam a um nível em que a IT é absolutamente essencial, ainda que muito poucos possam apreciar o luxo de dizer que estão à vontade para fazer grandes investimentos financeiros em tecnologia. Encontrar a melhor e mais clara abordagem de valor requer uma análise clara das realidades de fornecimento de IT e das tendências correntes de externalização de serviços na área.
 

Avançar sozinho

Uma opção é criar a sua própria equipa de especialistas em IT, mas vamos por esta questão em contexto. O salário de um profissional de IT em Portugal, em 2020, era de cerca de 1314 euros (remuneração bruta média mensal), consideravelmente acima dos salários médios no país e uma boa matéria de reflexão sobre o valor de especialistas experientes. Além disso, existe um défice de competências técnicas em Portugal nesta área, o que significa que mesmo com o orçamento adequado é um desafio empregar (e manter) um profissional de IT.


No setor das PME, as empresas que recrutaram profissionais de IT tendem a ser elas próprias fornecedoras de serviços de IT (providenciando este tipo de serviços a outras empresas, também), ou estão fora da indústria de IT e não vão, eventualmente, ter o nível de especialização necessário para recutar os talentos certos.


Contrastando com esta situação, um fornecedor de serviços de gestão de IT vai oferecer toda a especialização de que necessita por uma taxa mensal ou anual (por utilizador, frequentemente), o que significa que pode adequar o seu orçamento a esta contratação. Nesta modalidade, não existem outros custos ou complicações de contratação associadas (tais como formação, baixas por doença, férias, etc.) e o serviço é realizado com um custo previsível ao nível acordado. 
 

Ameaças à IT

Todas as empresas têm hoje uma presença online e esta é uma grande oportunidade para impulsionar vendas, promoções e recrutamento. Contudo, o mundo do online é uma porta de dois sentidos, pois com as oportunidades vêm, também, as vulnerabilidades. Os ciberataques são infelizmente a realidade do mundo moderno ligado em rede e podem ir desde e-mails ou mensagens de texto de phishing até guerras cibernéticas internacionais, como estamos a testemunhar, em parte, na guerra na Ucrânia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou recentemente para o potencial dos ciberataques a estados terceiros como parte do conflito mais vasto, e já vimos estas tácticas serem utilizadas não só contra as redes informáticas estatais e financeiras, mas também contra empresas, e até contra civis. Como numa guerra física, por vezes até quem não está em combate pode ser apanhado em falso. Da mesma forma, quando malware é libertado online, pode propagar-se e infetar sistemas críticos de forma muito semelhante a um vírus, um conceito com o qual todos nos familiarizámos demasiado nos últimos anos.

 

Ameaças à sua empresa

Se a sua empresa está online, então também está potencialmente em risco de ser atacada por piratas informáticos, ou até de estar envolvida em guerras cibernéticas. O ransomware (uma ameaça maliciosa que publica os dados pessoais da vítima ou bloqueia perpetuamente o acesso aos mesmos, a menos que seja pago um resgate) é uma preocupação constante para qualquer organização e, na verdade, também para as pessoas.

Infelizmente, as ameaças podem vir também de dentro. Se a sua rede não for protegida e monitorizada de forma adequada, os membros da equipa podem, de forma insuspeita, criar problemas ao utilizar sítios web inseguros, ou ao descarregarem software ou aplicações para os seus dispositivos de trabalho, ligando um dispositivo USB que contém malware oculto, ou através de hardware BYOD (Bring Your Own Device) não seguro.

Além disso, se tiver um profissional de IT interno, o que acontecerá se este decidir sair de repente, especialmente se tal acontecer em circunstâncias não amigáveis ou disciplinares? Como trataria eventuais problemas deixados ou que subsistem, quer através de ações deliberadas, quer por falta de monitorização? A menos que seja você mesmo um profissional de IT, esta é uma situação difícil de diagnosticar e muito mais difícil de reparar.

Os benefícios da especialização, sem os gastos

Os sistemas de IT são absolutamente essenciais em cada empresa, da mesma forma que o são as suas instalações, ou a equipa de contabilistas que lhe assegura a operacionalidade das suas finanças. Estes são bons exemplos de outros serviços críticos que muitas PME externalizam para especialistas externos porque isso traz vantagens em termos de custos, flexibilidade, e é mais fácil fazê-lo dessa forma do que inhouse. Não precisa de entender a minúcia de cada uma destas especializações; só precisa de ter um especialista com quem tenha uma relação franca e de apoio, em quem possa confiar para apoiar as atividades principais da sua empresa.

A IT também é o coração da sua empresa ― algo essencial que precisa de ser constantemente monitorizado e mantido. Poderá ser capaz de escalar ou mesmo parar/iniciar outros elementos das suas operações (como o recrutamento, por exemplo). Contudo, como a pandemia bem demonstrou, os seus sistemas informáticos são uma das fundações da sua empresa, que mantêm tudo de pé, e que devem estar sempre disponíveis, de forma confiável.

Um bom parceiro de serviços de gestão de IT deve ser como o seu par de sapatos preferido: ajustar-se de maneira confortável ao seu negócio e ser um apoio em todos os lugares e momentos certos. Terá não só profissionais técnicos, mas também aqueles que compreendem plenamente os desafios comerciais e estratégicos postos ao seu negócio, a assegurar que a tecnologia apoia diretamente as suas necessidades, em vez de ser implantada simplesmente porque está disponível.

 
*Estudo realizado com PME em Portugal.
 
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